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Quarto das Maravilhas

O poder das palavras em criar imagens memoráveis na descrição de cenas e personagens.

Quarto das Maravilhas

11
Jun25

A música que ajuda a completar a experiência de ler

"La Sombra del Viento" é um álbum lançado pela Passion for Music Academy em 5 de maio de 2023. O EP contém sete faixas e tem uma duração total de 16 minutos. A composição é creditada a Carlos Ruiz Zafón, com arranjos de J. M. Quintana Cámara.

O álbum está disponível em plataformas como Spotify e Apple Music, e é uma interpretação musical inspirada no universo do romance A Sombra do Vento.

10
Jun25

Relações entre ficção e realidade

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A casa de Don Ricardo Aldaya, conhecida como O Anjo da Neblina, é descrita em A Sombra do Vento, "um epítome de mistérios" que ganha um tom sombrio, quase fantasmagórico, que passa a simbolizar um passado assombrado por tragédias e intrigas. A mansão (antecede a Guerra Civil espanhola (1936-1939) representa um tempo em que a aristocracia catalã ainda mantinha o seu status, mas já começava a sentir os efeitos das transformações sociais e políticas que viriam. A casa, com a sua imponência e mistério, simboliza o declínio gradual dessas elites tradicionais.  

10
Jun25

"um inventor e pioneiro na curiosidade tecnológica do momento, cinematográfico."

__ Carlos Ruiz Zafón, em A Sombra do Vento

 

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Caricatura de Fructuós Gelabert, 1950

 

Pioneiro do cinema espanhol (Barcelona 1874-1955) Fotógrafo e mecânico de profissão, construiu uma máquina de filmar e projetar com a qual em 1897 fixou no celulóide Riña de café e Salida de los trabajadores de la España Industrial. Autor de mais de uma centena de filmes, foi produtor, argumentista e fundador de estúdios e laboratórios. Outros filmes: Choque de los transaltlantions 1899, Tierra Baja 1907, Guzmán el Bueno 1909, Ana Cadova 1912, El nocturno de Chopin 1915, La España tragica 1918, La puntain 1928. (Fonte do texto: Moderna Enciclopédia Universal)

10
Jun25

A música que ajuda a completar a experiência de ler

Nino Rota

 

 

Esta é uma das músicas que ajuda a completar a experiência de ler A Sombra do Vento, de Carlos Ruiz Zafón, devido à sua atmosfera melancólica e enigmática. Embora a música tenha sido originalmente composta para o filme O Padrinho, ela carrega uma sensação de mistério e nostalgia que se encaixa perfeitamente na aura sombria e romântica da Barcelona pós-guerra retratada no romance.

A melodia da valsa tem um caráter hipnótico, quase fantasmal, assim como a história do livro que é permeada de segredos ocultos, traições e paixões intensas. "The Godfather Waltz" evoca um sentimento de profundidade emocional, com uma instrumentação sutil, dominada por acordes de cordas e metais suaves, transmite a solidão dos personagens e a sensação de que o passado sempre assombra o presente. Além disso, a valsa tem um ar de tristeza e elegância, características que combinam com o tom do romance e com personagens como Julián Carax e Bea Aguilar, cujas vidas são marcadas por amores impossíveis e por um destino trágico. 

03
Jun25

"Os livros são espelhos: só se vê neles o que a pessoa já leva dentro."

__Carlos Ruiz Zafón, em A Sombra do Vento

 

12.jpgThe Librarian – Giuseppe Arcimboldo (c. 1566)

 

Retrata um homem cuja figura é composta por livros e marcadores, refletindo a erudição e a importância do conhecimento. Acredita-se que seja um retrato de Wolfgang Lazius, um humanista e historiador. A obra encontra-se no Castelo Skokloster, na Suécia.

02
Jun25

"O Coração das Trevas soava-lhe, no mínimo, a pecado mortal."

 

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No romance "A Sombra do Vento", de Carlos Ruiz Zafón, encontramos a referência ao clássico "O Coração das Trevas", de Joseph Conrad.

 A obra de Conrad aparece como uma influência simbólica e temática. Assim como Marlow, em "O Coração das Trevas", embarca numa procura densa e inquietante para encontrar o enigmático Kurtz, Daniel Sempere também mergulha em busca quase obsessiva por entender a vida e os segredos de Julián Carax — um autor cercado por sombras, tragédias e silêncios.

Ambas as histórias envolvem a descida a um "inferno pessoal". Em Conrad, é a selva africana; em Zafón, é uma Barcelona pós-guerra, carregada de traumas e memórias enterradas. A jornada é, em ambos os casos, mais interna do que geográfica. É uma exploração da alma humana, dos medos mais profundos e da corrupção dos ideais.